Skip to main content

Vergonha.
Vergonha.

É o que temos a dizer

sobre este concurso.

Carta aberta ao CAU/BR – Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil
Nós, participantes do concurso Nova Marca do CAU , expressamos aqui — de forma pública e coletiva — nossa insatisfação e profundo sentimento de desrespeito diante da divulgação das notas da primeira fase. Este manifesto, organizado por profissionais das áreas de Design e Arquitetura, reúne questionamentos legítimos sobre a condução do processo avaliativo.
Não concordamos com a incoerência e a falta de equilíbrio nas notas atribuídas. Portanto, queremos dar voz a todos os candidatos que investiram tempo e dedicação a este concurso, mas se depararam com uma avaliação completamente desproporcional.
Merecemos mais respeito e transparência!

O Manifesto

CAU/BR, precisamos de respostas!

De forma generalizada, os projetos receberam notas muito abaixo da pontuação mínima exigida, mesmo em critérios mais objetivos. Um exemplo é o critério de aplicabilidade, definido no edital como: “refere-se à capacidade da marca de ser usada de forma eficaz e consistente em diferentes contextos e meios, mantendo a identidade e impacto.

Ainda assim, muitas propostas tecnicamente sólidas receberam entre 20% e 40% da nota máxima nesse critério, apesar de apresentarem marcas perfeitamente aplicáveis em diferentes dimensões, como plataformas digitais e materiais impressos, sem qualquer prejuízo à identidade visual.

Como o CAU/BR justifica penalizações tão severas em um número tão grande de trabalhos?

Foram, ao todo, 708 inscrições, e apenas 5 propostas atingiram a nota mínima de 70 pontos — menos de 1% dos participantes. Considerando o nível técnico de muitos concorrentes e o fato de o edital prever 10 vagas para semifinalistas, esse resultado soa alarmante diante da amplitude de uma chamada nacional.

Como o CAU/BR justifica tamanha disparidade?

Há dúvidas legítimas sobre se todos os jurados compreenderam integralmente o modelo de avaliação estabelecido. Os candidatos observaram um padrão recorrente de notas reduzidas, indicando que, talvez, os critérios de pontuação — que deveriam ser de 0 a 20 por item — não tenham sido corretamente aplicados.

Em grande parte dos trabalhos que tivemos acesso, nenhum critério ultrapassou a marca de 10 pontos, o que sugere que os avaliadores possivelmente não foram informados adequadamente sobre a amplitude da escala. Além disso, também foi observado que não houve grande disparidade de notas entre manuais incompletos e manuais que seguiram à risca todos os itens estabelecidos no edital.

Diante desses fatos, é inevitável questionar: o CAU/BR ofereceu orientação suficiente? Houve preparo e alinhamento entre a comissão avaliadora e o edital? Todos os jurados foram conscientizados que cada critério valia de 0 a 20?

O número de propostas recebidas claramente superou as expectativas do CAU/BR. A comissão julgadora foi formada por 8 duplas multidisciplinares (compostas por titulares e suplentes), que, em tese, deveriam avaliar todos os 715 projetos — garantindo uma análise justa, feita por profissionais de diferentes áreas.

Mesmo supondo que cada dupla dividisse as tarefas internamente, isso ainda exigiria a leitura e a avaliação de cerca de 5,5 manuais por dia, ao longo de 65 dias (de 18/03 a 20/05), sem pausas nos finais de semana e sem qualquer tipo de remuneração. Uma carga considerável para um trabalho voluntário e técnico.

Alia-se a isso o fato de que candidatos tiveram sua nota final somada de forma incorreta. Portanto, questionamos: quantos jurados avaliaram cada projeto? Cada jurado teve acesso adequado aos manuais de identidade? Houve tempo hábil e divisão justa para cada avaliação? Qual foi a plataforma ou sistema utilizado? Como se deu o processo de inserção das notas dos jurados? Por que houve erros na soma de algumas notas finais?

As datas previstas para a auditoria e a divulgação das notas foram adiadas quatro vezes, resultando em um atraso total de mais de três meses. Embora o edital previsse possíveis alterações no cronograma, os sucessivos adiamentos geraram dúvidas e receio entre os participantes.

Afinal, houve falta de organização por parte do CAU/BR? A comissão julgadora enfrentou dificuldades para avaliar todos os manuais de forma justa e equitativa? Houve tempo e número de jurados suficientes para isso?

É fundamental que o CAU/BR se manifeste sobre o desfecho inesperado dessa primeira etapa.

Se apenas 0,7% dos participantes atingiram nota mínima, como a instituição interpreta esse dado? Isso era esperado? Houve algum questionamento interno sobre esse desequilíbrio?

O que reivindicamos?

Que o CAU/BR nos forneça respostas concretas e plausíveis sobre todos os pontos e questionamentos aqui levantados. Os participantes e a sociedade merecem um pronunciamento oficial a respeito!

Assinam este manifesto

#NomeProfissão
Projeto
1Henrique Cardoso IsoppoDesigner
2Beatriz Firmina Santos Diniz Martins
Designer
3Flávio Dantas de Oliveira Lopes
Arquiteto
4Jorge Aguiar
Designer
5Anselmo Mendo
Designer

6Gerson D'Ornellas
Designer
7Alexandre Facuri
DesignerLink externo - Google Drive
8Anndrei Bettanzo
DesignerLink externo - Behance
9Bruno Alves da Silva
Membro da sociedade
10Tiago Kühn Lo Prete
Designer
11Pedro MacielDesignerLink externo - Google Drive
12Felipe Nodier Gêda CavalcantiDesignerLink externo - Behance
13João Vellozo
Designer
14Wilk Torres
Arquiteto
15Andressa Gonçalves
Arquiteta

Quero aderir ao manifesto


Suas notas


  •